O primeiro aconteceu na parte da manhã, quando cerca de 200 alunos dos de cinco escolas judaicas da capital paulista, Beit Yaacov, Bialik, Iavne, Peretz e Renascença, trocaram as salas de aula por uma visita ao Cemitério Israelita do Butantã, onde realizaram uma cerimônia junto ao Monumento em Lembrança aos Mártires e Heróis do Holocausto, com o tema “Resistência”.
À noite, em parceria com o clube A Hebraica e CIP, aconteceu o Ato Central de Yom Hashoá, que teve como tema 70 anos da morte do médico e educador Janusz Korczak. Ele recusou-se a salvar sua própria vida quando, em 1942, acompanhou um grupo de 200 órfãos do gueto de Varsóvia até o campo de concentração de Treblinka, onde foi morto.
O ato teve performances da juventude da Hebraica e dos movimentos juvenis judaicos, leitura de poesia, discursos e orações conduzidas pelo rabino Ruben Sternschein e pelo chazan [cantor litúrgico] Avi Bursztein.
Em solenidade no templo maçônico Piratininga, em São Paulo, diversas autoridades maçônicas e das comunidades judaica, armênia, negra e bahaí’ participaram em 18 de abril de ato de Iom Hashoá.
Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, ressaltou a importância da memória do genocídio armênio e do Holocausto. Ciganos, negros, Testemunhas de Jeová, prisioneiros políticos, entre outros, também foram atingidos pela barbárie nazista, lembrou Lottenberg.
Flávio Rassekh, da comunidade bahá’i, relatou a insegurança e perseguição a esta comunidade no Irã, onde se originou. Os armênios lembraram a tragédia sofrida por seu povo, no início do século 20.
A data será celebrada anualmente pela maçonaria como Dia da Tolerância, informou o grão-mestre Sidney Shapiro. O vereador Floriano Pesaro apresentou projeto de lei propondo 18 de abril como o Dia da Tolerância entre Povos, Raças e Religiões.
Ato com alunos de escolas judaicas, no Cemitério Israelita do Butantã. Foto: Divulgação.
Sobreviventes do Holocausto (à esq.) assitem a acendimento de velas durante ato na Hebraica. Foto: Divulgação.