Em decisão inédita, o Conselho Global dos Imãs - os sacerdotes muçulmanos - condenou o terrorismo do Hamas e a execução de reféns, afirmando que tais atos “violam todos os princípios de humanidade, ensinamentos religiosos e o direito internacional”, de acordo com matéria publicada nesta quarta-feira no Jerusalem Post.

O Conselho destacou que atacar civis não só viola as leis do Islã, mas também as Convenções de Genebra.

A declaração, transmitida do Seminário Islâmico de Najaf, no Iraque, acusa o Hamas de ser o único responsável pelas “mortes e sofrimento de todas as vidas inocentes perdidas desde o 7 de outubro, uma vez que as suas ações não só trouxeram morte e destruição à região, mas também levaram a imenso sofrimento para o povo palestino”.

O Conselho Global dos Imãs também condenou o regime iraniano por armar o Hamas e incentivar os ataques a Israel: “O Irã partilha de igual responsabilidade por essas tragédias, uma vez que o seu apoio e endosso contínuos às ações do Hamas perpetuam a violência e a instabilidade na região”.

O Conselho finaliza a sua declaração com uma mensagem de apoio às famílias das vítimas do conflito e um apelo a todos os líderes religiosos para que se oponham ao terror do Hamas “e trabalhem incansavelmente para um futuro onde haja paz, justiça e respeito, pois toda a vida humana representa os alicerces da nossa existência partilhada”.

O Conselho Global de Imãs é uma ONG que já aderiu por unanimidade, em 2020, à Definição de Antissemitismo da IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto).