O Papa Francisco pediu às faculdades de teologia que fortaleçam a convivência pacífica e o diálogo entre culturas e religiões, especialmente com o judaísmo e o islamismo: “Os estudantes de teologia devem ser educados para o diálogo com o judaísmo e com o islamismo”, afirmou.
O papa fez a declaração na sexta-feira (21) em Nápoles (Itália), em discurso de encerramento do encontro sobre a teologia depois da “Veritatis Gaudium” no contexto do Mediterrâneo, realizado na Pontifícia Faculdade de Teologia da Itália Meridional.
“Pensamos que a síndrome de Babel é a confusão que se origina em não compreender o que o outro diz. Esse é o primeiro passo, mas a verdadeira Síndrome de Babel é não escutar aquilo que o outro pensa e aquilo que dirá. Isso é a peste”.
Os teólogos, indicou Francisco, devem ser “homens e mulheres de compaixão, tocados pela vida oprimida de muitos, das escravidões de hoje, das chagas sociais, das violências, das guerras e das enormes injustiças sofridas por muitos povos que vivem nas margens deste ‘mar comum'”.
O papa destacou que “o Mediterrâneo sempre foi um lugar de trânsito, de intercâmbio e, às vezes, também de conflitos. Este lugar hoje nos traz uma série de questões, muitas vezes dramáticas”.
Entre essas questões, o Papa perguntou: “Como nos manter seguros na única família humana? Como alimentar uma convivência tolerante e pacífica que se traduza em autêntica fraternidade? Como fazer prevalecer em nossa comunidade a acolhida do outro e de que diferente da nossa? De que modo as religiões podem ser caminhos de fraternidade em vez de muros de separação?”