FEDERAÇÃO ISRAELITA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

MINAS GERAIS | Belo Horizonte
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HISTÓRIA DA COMUNIDADE JUDAICA DE MINAS GERAIS

A presença de cristãos-novos em Minas Gerais tem sua origem no processo de colonização do Brasil, entre os séculos 16 e 18. Essa presença é indicada por vestígios materializados nos autos da Inquisição, em testamentos e também constituída por bens imateriais, tais como as tradições culturais de origem judaica.
Posteriormente, com o crescimento urbano e as oportunidades profissionais, muitos judeus vieram a residir na região, para trabalhar, principalmente, com pedras e minério (mica) e no comércio.
A primeira loja de material de construção de Belo Horizonte, “A Constructora”, foi fundada por um judeu, Arthur Hass, em 1894. Nesse período, os judeus eram empreendedores ligados ao dinamismo da nova cidade.
Entre as primeiras instituições fundadas na capital mineira, destacam-se a Froein Farain- Sociedade das Damas Israelitas, de caráter beneficente para prestar auxílio aos pobres, principalmente os que se dirigiam à cidade para tratamento de saúde; a União Israelita de Belo Horizonte (1922), que inicialmente congregava a comunidade em torno da sinagoga e, depois, como clube recreativo, social e cultural; a Escola Israelita (1929) e o Cemitério Israelita (1937).
Atualmente, a comunidade judaica mineira é composta de dez entidades: Federação Israelita do Estado de Minas Gerais (fundada em 1964), Associação Israelita Brasileira (clube social-recreativo, fundado em 1953), Congregação Israelita Mineira (fundada em 1996, de culto liberal), Escola Theodor Herzl (fundada em 1961), União Israelita de Belo Horizonte (fundada em 1922), Wizo (estabelecida em Belo Horizonte desde 1945), Pioneiras (criada na cidade em 1960), movimento juvenil Habonim Dror, Sociedade Amigos do Beit Chabad (1986), além do Instituto Histórico Israelita Mineiro (IHIM), fundado em 1984 e que promove pesquisas históricas, palestras, exposições, exibição de fotos e filmes, mantendo arquivo, biblioteca, videoteca, hemeroteca, fitoteca e museu abertos aos sócios e outros interessados.
Aproximadamente 800 famílias, cerca de quatro mil pessoas, vivem no Estado de Minas Gerais, quase a totalidade em Belo Horizonte. Há poucas famílias no interior do Estado, constando registros mais significativos em Governador Valadares.

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