O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou na quinta-feira (6) a abertura de um inquérito da Polícia Federal (PF) para investigar a presença e atuação de organizações nazistas e neonazistas no Brasil, com base na lei sobre crimes de racismo e apologia ao nazismo.

Para o ministro, há suspeitas de que essas redes atuem em diferentes estados do País. A lei 7.716/89", citada pelo ministro, foi sancionada pelo então presidente José Sarney e prevê punição para os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Matéria exibida no programa Fantástico do dia 2/04 revela o resultado de uma investigação que aponta conexões de neonazistas brasileiros com organização internacional de supremacia branca. De acordo com o Fantástico, a Polícia Civil de Santa Catarina descobriu, no Brasil, a existência de uma filial de um grupo internacional de supremacia branca. Oito homens foram presos por envolvimento no plano. Segundo a polícia, Laureano Vieira Toscani, um dos líderes, é um neonazista que comete crimes de ódio há muito tempo. Entre os alvos estão judeus, negros e homossexuais. De acordo com as investigações, ele faz parte de um grupo internacional de supremacia branca. Esse grupo teria surgido nos anos 1980, nos Estados Unidos, e se expandiu ao redor do mundo por meio de bandas de rock neonazistas, que pregavam, em suas letras, o ódio racial.