10.06.25 | Brasil

Quem é o brasileiro Thiago Ávila, que estava na embarcação com destino à Gaza

Os jornais Folha de S.Paulo e O Globo desta terça (10) publicaram matérias sobre as atividades do brasileiro Thiago Ávila, que estava na embarcação Madleen, que tentava furar o bloqueio à Gaza, com a suposta missão de levar ajuda Humanitária. 

Thiago Ávila segue detido em Israel após se recusar a assinar documento de deportação. Ele declarou estar em greve de fome desde as 4h, no horário local, de segunda-feira (9).

Com mais de 800 mil seguidores nas redes sociais, Ávila alega estar envolvido com a causa palestina há cerca de 18 anos. Já visitou o Irã, Egito, Turquia e organizou missões para Cuba e para o Líbano. Compareceu ao funeral do antigo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto por forças israelenses, mas nega estar envolvido com organizações terroristas como o Hamas e o Hezbollah.

"A Flotilha não se relaciona diretamente com nenhuma organização específica da Palestina, mas apoia o povo palestino como um todo. Não aceitamos na missão ninguém que tenha filiação com qualquer organização, seja o Hamas, o Fatah ou a Frente Popular", disse ele, de acordo com a matéria na Folha de S.Paulo.

Em suas redes, Ávila costuma postar transmissões ao vivo em situações de perigo. Ele foi o coordenador da flotilha, da qual participou também a ativista Greta Thunberg.

Ávila já esteve envolvido na organização de uma flotilha internacional que partiria da Turquia em direção à Faixa de Gaza em 2024, mas que foi bloqueada pelo governo turco.

Segundo o jornal O Globo, Avila recebeu uma homenagem da Embaixada do Irã no Brasil pelo seu "trabalho de comunicação e solidariedade com a causa Palestina", como ele próprio descreveu em uma publicação nas redes. Em junho de 2024, o ativista foi convidado por membros da missão diplomática iraniana no Brasil para participar do evento International Summit on Gaza, batizado de "Os Oprimidos, mas Resilientes", em Teerã. Também estiveram presentes no evento o presidente do parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, e o então ministro das Relações Exteriores, Baqeri Kani.

No Brasil, foi preso duas vezes em 2021 ao tentar impedir despejos de famílias durante a pandemia. Em uma delas, transmitiu ao vivo em seu perfil no Instagram as cenas de detenção. É réu em três processos e pode ser condenado por crime ambiental e por resistência a reintegrações de posse.

Também participou de duas candidaturas coletivas pelo PSOL, no Distrito Federal, mas não foi eleito.

Chamada de 'iate das selfies', a embarcação Madleen foi desviada na segunda-feira (9) para o porto israelense de Ashdod. O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que os passageiros passaram por exames médicos “para garantir que estejam bem", e depois foram conduzidos ao Aeroporto Ben Gurion. 


Receba nossas notícias

Por favor, preencha este campo.
Por favor, preencha este campo.
Por favor, preencha este campo.
Invalid Input

O conteúdo dos textos aqui publicados não necessariamente refletem a opinião da CONIB. 

Desenvolvido por CAMEJO Estratégias em Comunicação