13.10.25 | Mundo
Reféns retornam a Israel após 738 dias mantidos em cativeiro pelo Hamas na Faixa de Gaza
Um grupo de 20 reféns, mantidos em cativeiro por 738 dias pelo grupo terrorista Hamas, chegou a Israel na manhã desta segunda-feira (13), após a entrada em vigor de um acordo de paz, proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê o fim do conflito, a retirada gradual das tropas israelenses de Gaza e a libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos.
Sem qualquer tipo de cerimônia pública em Gaza – uma exigência de Israel como parte do acordo – um primeiro grupo de sete reféns foi entregue pelo Hamas por volta das 08h10 (02h10 em Brasília): Eitan Mor, os irmãos gêmeos Gali e Ziv Berman, Matan Angrest, Guy Guilboa-Dalal, Alon Ohel e Omri Meiran. A equipe da Cruz Vermelha entregou o grupo aos militares israelenses por volta das 09h10 (03h10 em Brasília), de acordo com um comunicado oficial do Exército.
Um segundo grupo de 13 reféns foi liberado em seguida, logo após o desembarque do presidente dos EUA, Donald Trump, no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv.
Os reféns foram levados a hospitais israelenses, onde puderam receber seus familiares.
Os restos mortais de quatro reféns foram entregues na segunda-feira (13), mas um deles não era de israelense e foi devolvido. O Hamas afirmou que, após entregar mais dois corpos de reféns nesta quarta-feira (15), devolveu todos os restos mortais que conseguiu localizar. Segundo o grupo terrorista, para rastrear os corpos restantes e retirá-los dos escombros, "serão necessários um grande esforço e equipamento especial", acrescentando que seus integrantes "trabalham de forma diligente para fechar essa questão".
"A guerra acabou"
Foi o que disse o presidente americano a repórteres ainda a bordo do avião da Força Aérea que o levou a Israel. Trump disse que tem "garantias verbais" de que o acordo de Gaza não fracassará e anunciou que gostaria de visitar o enclave palestino algum dia.
Em uma declaração gravada e exibida na véspera da libertação dos reféns, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apelou à unidade antes do retorno "histórico" dos cativos em Gaza, ao mesmo tempo em que alertou que Israel ainda enfrenta desafios de segurança, em uma declaração gravada na noite de domingo.
É "uma noite de lágrimas; uma noite de felicidade", disse Netanyahu, em sua declaração, antecipando a libertação dos reféns. "É um evento histórico, que alguns não acreditavam que aconteceria."
“Sei que temos muitas diferenças”, disse ele. “Mas neste dia, e espero que também no período que está quase chegando, temos todos os motivos para deixá-las de lado, porque, com a força conjunta, alcançamos vitórias espetaculares, vitórias que surpreenderam o mundo inteiro.”