21.03.23 | Mundo
Ataque à embaixada israelense em Buenos Aires completa 31 anos, sem que ninguém tenha sido punido
Em 17 de março de 1992, a embaixada israelense em Buenos Aires foi atingida por uma forte explosão, que resultou na morte de 29 pessoas e deixou 242 feridos. Entre as vítimas estavam quatro israelenses, incluindo as esposas do cônsul e do primeiro secretário da embaixada de Israel em Buenos Aires. Hoje, 31 anos depois, ninguém foi preso ou julgado pelo atentado. E a comunidade judaica argentina ainda reclama por justiça.
Em ato organizado pela embaixada de Israel, ministros e autoridades de Buenos Aires, legisladores e representantes da comunidade judaica argentina homenagearam as vítimas do ataque em evento realizado na sexta-feira (17) na praça próxima ao local onde funcionava a sede diplomática israelense, segundo noticiou o La Nacion.
Logo após o ataque, agentes da CIA em Buenos Aires disseram ter obtido informações que apontavam para a participação da Síria no atentado terrorista. O grupo terrorista libanês Hezbollah também foi apontado como provável responsável pela execução do ato, a mando do Irã, assim como do ataque à sede da AMIA. Mas as investigações não avançaram.
Transcorridos dois anos após o ataque à embaixada, o governo do então presidente Carlos Menem não havia implantado as medidas de segurança para prevenir um novo atentado por considerar que nada similar poderia ocorrer outra vez. E realmente o que ocorreu não foi nada similar, foi muito pior. No dia 18 de julho de 1994, às 9:53h, uma grande explosão estremeceu o entorno da rua Pasteur, 633. Uma bomba arrasou a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), causando a morte de 85 pessoas e deixando mais de 300 feridos. Também nesse caso ninguém foi preso ou acusado formalmente.