Em artigo publicado no jornal O Globo desta segunda-feira (17), Sofia Débora Levy, representante do Congresso Judaico Latino-Americano – CJL - para Assuntos Relacionados ao Holocausto e diretora do Memorial às Vítimas do Holocausto/RJ, destaca a coragem e determinação de jovens judeus que, em abril de 1943, revoltados com as condições de vida insalubres em que viviam confinados cerca de 400 mil judeus no Gueto de Varsóvia, resolveram enfrentar os nazistas numa luta desigual. Sob o comando do líder Mordechai Anielewicz, o levante durou 27 dias, resistindo heroicamente a um exército bem treinado, munido de armas pesadas. A longa resistência surpreendeu os soldados nazistas e terminou com a morte de 10 mil judeus e a deportação e extermínio dos demais. Poucos conseguiram fugir pelas redes de esgoto. Mas a maior resistência judaica armada da História do Holocausto deixou lições importantes e inspirou outros movimentos libertários ao longo de história.