A Assembleia Geral da ONU proclamou o dia 18 de junho como o Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio. A iniciativa, adotada com base na Estratégia e Plano de Ação da ONU sobre o Discurso de Ódio lançados em 18 de junho de 2019, reconhece a necessidade de combater a discriminação, a xenofobia e o discurso de ódio e apela a todos os países para que intensifiquem os seus esforços para enfrentar o problema, de acordo com a regulamentação internacional sobre os direitos humanos.

Em sua mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a iniciativa, advertindo que o discurso de ódio é “um dos sinais de alerta de genocídios e outros crimes atrozes”. Guterres lembrou que o discurso de ódio normalmente é dirigido contra grupos vulneráveis, reforçando a discriminação, estigma e marginalização.

A conselheira especial da ONU para a Prevenção do Genocídio, Alice Nderitu, lembrou episódios de discurso de ódio que levaram a massacres e a genocídios, como os que aconteceram em Ruanda, em 1994, e o Holocausto nazista que vitimou mais de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra.

Para a conselheira da ONU, é necessário “prestar atenção às narrativas que passamos de uma geração para outra”. Nderitu afirma que através da educação, da informação e da empatia, é possível romper o ciclo de transmissão do ódio.