19.06.23 | Mundo
Vinte e nove anos após atentado, justiça argentina pede a prisão de quatro libaneses suspeitos de colaborar no ataque à AMIA
A Justiça argentina pediu a prisão internacional de quatro libaneses suspeitos de terem colaborado na preparação do atentando à organização judaica AMIA, ocorrido em 1994, em Buenos Aires, e que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos.
Segundo a agência France Presse, o juiz federal Daniel Rafecas atendeu ao pedido da Promotoria que investiga o ataque à AMIA para solicitar as detenções, enquanto se mantêm os pedidos de prisão de oito ex-funcionários do governo iraniano.
De acordo com a AFP, entre os apontados está Hussein Mounir Mouzannar, que tem identidade paraguaia e que poderia estar morando atualmente na Ciudad del Este ou nas suas imediações, ou nos arredores de Foz do Iguaçu, na região conhecida como tríplice fronteira. Os outros suspeitos com pedido de prisão são: Ali Hussein Abdallah, naturalizado brasileiro e com passaporte paraguaio; Farouk Abdul Hay Omairi, naturalizado brasileiro e com último domicílio em Foz de Iguaçu e Abdallah Salman, também conhecido como 'El Reda' - acredita-se que ele more em Beirute, no Líbano.
O atentado à sede da AMIA, em Buenos Aires, em 18 de julho de 1994, ocorreu dois anos depois de outro ataque, à embaixada de Israel. Em várias ocasiões, os dois atentados são lembrados em conjunto, pelas similaridades, em ambos os casos e pela impunidade dos responsáveis. O grupo terrorista libanês Hezbollah é apontado como o principal responsável pelos ataques. E, no caso da AMIA, estariam envolvidos também oito ex-funcionários iranianos, mas até agora nenhum foi punido.