19.06.23 | Mundo
EUA condenam autor de massacre na sinagoga de Pittsburgh
Robert Bowers, o atirador que matou 11 pessoas em uma sinagoga da cidade americana de Pittsburgh, em 2018, foi considerado culpado por um júri do estado da Pensilvânia. Bowers, de 50 anos, foi condenado em todas as 63 acusações contra ele. O julgamento que corre em instância federal, nos Estados Unidos, e segue agora para a fase da sentença, em que Bowers pode receber a pena de morte, segundo noticiou a imprensa.
O atentado em 27 de outubro de 2018 à sinagoga Tree of Life, em Pittsburgh, foi o pior ataque antissemita da história americana. O atirador se declarou inocente de todas as acusações. Os promotores destacaram que Bowers perseguiu as vítimas, atirando várias vezes em muitas delas e à curta distância. Seis pessoas ficaram feridas, entre elas quatro policiais que responderam ao chamado de emergência.
Durante o julgamento de três semanas, a acusação apresentou 60 testemunhas para provar que o agressor agiu por ódio aos judeus. A promotoria afirmou que Bowers gritou “todos os judeus devem morrer” durante o ataque que ocorreu em meio ao Shabbat, dia sagrado de descanso para os judeus. Ele invadiu a sinagoga com um rifle AR-15 e duas pistolas e foi preso no local do crime.
As investigações mostraram que Bowers postou uma série de mensagens antissemitas na internet antes de cometer o crime. Bowers foi condenado por crime de ódio e obstrução ao livre exercício de religião.
Para que seja condenado à pena de morte, de acordo com a lei federal americana, os promotores têm que provar que o criminoso foi motivado por ódio de raça ou por impedir que pessoas professem sua fé religiosa. A defesa do condenado argumentou que ele sofre de esquizofrenia e que agiu motivado por ódio a imigrantes e não tinha intenção de impedir o “estudo da religião”. A questão da saúde mental do réu deve ser abordada na etapa da sentença, que está prevista para começar em 26 de junho.