10.07.23 | Mundo
Ruínas arquitetônicas da Grande Sinagoga de Munique, demolida pelos nazistas, são descobertas e retiradas de rio
Ruínas arquitetônicas da Grande Sinagoga de Munique, inaugurada em 1887 e demolida pelos nazistas em 9 de junho de 1938 por ordem pessoal de Adolf Hitler, foram descobertas e começaram a ser retiradas do fundo do rio Isar. As ruínas foram encontradas durante trabalhos de construção da barragem do rio Isar, perto da ponte Grosshesseloher. As escavadeiras esbarraram em blocos de pedra no leito do rio e começaram a ser retirados frisos, uma tábua da lei, totalizando 150 toneladas de ruínas arquitetônicas da Grande Sinagoga que estavam submersas entre dois e oito metros de profundidade.
Em matéria de Stefan Dege, na Deutsche Welle, o Museu Judaico de Munique descreve a sinagoga como um "símbolo da igualdade de direitos para os judeus, conquistada em longas e duras lutas", e que, por isso, de acordo com a instituição, representava “uma pedra no sapato dos nazistas”. De acordo com a matéria, o diretor do Museu Judaico, Bernhard Purin, comemorou a descoberta e a retirada do rio de uma antiga tábua da lei, com os Dez Mandamentos em escrita hebraica, que ficava acima do relicário do torá.
Até sua destruição pelo regime nazista, a Grande Sinagoga de Munique compunha o quadro urbano da capital bávara. Fotos antigas mostram a casa de culto judaica, inaugurada em 1887 na rua Herzog Max, próximo à atual praça Lenbachplatz - na época a terceira maior sinagoga da Alemanha, localizada ao lado da catedral católica.