10.10.23 | Mundo

“Ataque terrorista afasta ainda mais chance de paz”

Editorial de O Globo analisou a estratégia do Hamas: “Com o ataque a Israel, o Hamas mira objetivos estratégicos em dois planos. Externamente, os ataques terroristas favorecem o interesse do Irã, financiador do grupo, ao pôr em xeque a aproximação entre os israelenses e os países árabes que também lhe davam sustentação. Iniciada com os Acordos de Abraão no governo Donald Trump, a iniciativa diplomática estava prestes a concluir, sob Joe Biden, um acordo histórico de Israel com a Arábia Saudita. O ataque tirou do horizonte próximo a chance de paz. No plano interno, depois de o Hamas consolidar seu governo em Gaza, a meta é aproveitar o momento de divisão na sociedade israelense para se projetar como principal liderança dos palestinos, em desafio à Autoridade Palestina, comandada da Cisjordânia por um Mahmoud Abbas desacreditado pela corrupção em seu governo. Há pouca dúvida de que, militarmente, o Hamas — cujo objetivo declarado é destruir o Estado judeu — tem chances ínfimas contra as Forças de Defesa de Israel. A dúvida é como os israelenses agirão com tantos reféns em poder do inimigo. Se houver tentativa de reocupar Gaza, o conflito se estenderá de modo imprevisível. A solução razoável — dois estados, um israelense e um palestino, convivendo em paz lado a lado — ficou ainda mais distante”.


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