27.11.23 | Mundo
“Enfim, uma trégua”
Editorial de O Estado de S.Paulo do último dia 23 destaca que a pausa no conflito Israel-Hamas aliviará reféns israelenses e civis palestinos, mas alerta que a medida será explorada pelo Hamas para perseguir suas metas jihadistas e precisa ser explorada por Israel para pavimentar caminho da paz.
“A pausa dará condições ao Hamas de se reagrupar, escapar de posições vulneráveis e armar emboscadas para as forças israelenses. O acordo salvará reféns, mas ao custo de vidas dos soldados israelenses. De resto, quase 200 reféns continuarão cativos do Hamas. O seu destino está condicionado aos cálculos dos terroristas. Só pessoas decentes, no plano individual, e democracias liberais, no plano coletivo, enfrentam dilemas morais. Celerados como os terroristas do Hamas enfrentam apenas dilemas estratégicos. Eles roubarão os suprimentos e combustíveis para fortalecer seus planos terroristas e, à sua conveniência, podem acusar Israel de quebrar o acordo para retomar as hostilidades ou tentar prolongar a pausa”.
“Israel precisa extrair da pausa o máximo de ganhos. Enquanto seus soldados consumam as expedições de neutralização e reconhecimento no norte, agora sob seu controle, os estrategistas precisam preparar com o máximo cuidado a campanha no sul, onde as milícias do Hamas estão entocadas sob mais de 2 milhões de civis palestinos”.