29.11.23 | Mundo

“E depois da trégua?”

Em artigo na Folha de S.Paulo desta quarta (29), a israelense radicada no Rio de Janeiro Natalie Rosen, doutora em direito pela Universidade Hebraica de Jerusalém. advogada especializada em direito humanitário internacional e pesquisadora, afirma que um cessar-fogo estável e duradouro não será alcançado com o Hamas no poder. E argumenta:

Nos ciclos de hostilidades anteriores entre o Hamas e Israel, ONGs israelenses respeitadas, bem como o lado à esquerda da sociedade israelense, alinhavam-se pelo cessar-fogo e em favor do levantamento do bloqueio a Gaza. Mas desta vez é diferente: existe um amplo entendimento — para muitos israelenses, uma constatação bastante dolorosa — de que esta guerra é inevitável.

Desde 7 de outubro, todos os dias novas provas são reveladas sobre os horrores que o Hamas praticou e também sobre a intenção que precedeu o ataque de que a investida varreria a região e levaria a um conflito mais amplo. O Hamas continua a enfatizar o seu compromisso de eliminar o Estado de Israel. Em entrevista transmitida em 24 de outubro ao canal de televisão LCBI, de Beirute, Ghazi Hamad, membro do bureau político do grupo terrorista, disse que Israel deve ser removido e que o ataque de 7 de outubro "é apenas a primeira vez, e haverá um segundo, um terceiro, um quarto". Hamad deixou claro que o movimento previra as pesadas perdas que resultariam da resposta de Israel ao atentado e que estava disposto a aceitá-la: "Teremos que pagar um preço? Sim, e estamos prontos para pagar", disse ele. E complementou: "Somos chamados de nação de mártires, e temos orgulho de sacrificar mártires".

Israel tem o direito e a obrigação de defender os seus cidadãos e, portanto, não pode cessar a ação militar agora. No entanto, o país deve cumprir o direito humanitário internacional. Isso significa que deve distinguir terroristas de civis e não pode visar intencionalmente civis ou alvos civis, a menos que participem das hostilidades.

A aplicação na prática desta regra de distinção é difícil, uma vez que o Hamas está inserido na população civil e opera a partir desta população, e demonstra ser o maior desafio que o exército israelense enfrenta.


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