Nova pesquisa da Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês) revela que aumentou em 360% o número de incidentes antissemitas registados nos Estados Unidos desde o ataque do grupo terrorista Hamas ao território israelense, em 7 de outubro.

A ADL registrou 3.283 incidentes entre 7 de outubro e 7 de janeiro deste ano, traduzindo-se num aumento de 360% em relação ao ano de 2022. O número inclui 60 incidentes relacionados a ataques físicos, 553 atos de vandalismo, 1.353 incidentes de assédio verbal ou por escrito e 1.137 "manifestações, incluindo retórica antissemita, expressões de apoio ao terrorismo e contra o Estado de Israel e/ou antissionismo".

"A comunidade judaica americana enfrenta um nível de ameaça sem precedentes na história moderna. É chocante que tenhamos registado mais atos antissemitas em três meses do que normalmente faríamos num ano inteiro", disse Jonathan Greenblatt, chefe-executivo da ADL.

Foram registrados em média 34 incidentes antissemitas por dia, após o ataque do Hamas de 7 de outubro. Segundo a ADL, 2023 pode ter sido o ano com mais incidentes antissemitas desde que a organização começou a recolher estes dados, no fim da década de 1970.

As estimativas dos três meses entre 7 de outubro e 7 de janeiro significam, aliás, que neste período foram registados mais incidentes antissemitas do que o número total de casos ocorridos ao longo de qualquer ano, na última década, com exceção de 2022, quando houve 3.697 incidentes.