Em artigo na Folha de S.Paulo, o jornalista Moises Rabinovici - foi correspondente no Oriente Médio, nos Estados Unidos e na França – aborda a selvageria dos ataques do Hamas em território israelenses no dia 7 de outubro e cita declarações, como as do presidente de Israel, Isaac Herzog, em Davos, na Suiça, em que ele afirma: "Israel perdeu a confiança nos processos de paz porque vê que o terror é glorificado por nossos vizinhos". A marroquina-israelense Eva Illouz, professora de sociologia e antropologia em Israel e na França, acrescenta: "Nenhum país do mundo tem de enfrentar a legitimidade da sua própria existência sendo posta em causa por ‘esquerdistas de bom coração’ e ‘antissemitas bem-intencionados’." Para ela, "o povo de Gaza merece a compaixão e o compromisso do mundo para reabilitar a sua sociedade, embora a maioria deles apoie o Hamas". Avi Issacharoff, cocriador da série "Fauda", diz que "há histórias que todos guardamos na nossa memória coletiva do Holocausto. É um lugar muito, muito sensível na alma dos israelenses. Isso fez com que os israelenses se levantassem e dissessem 'basta'. Para mim era muito claro que, no primeiro dia [após o ataque do Hamas], o mundo ficou do lado de Israel. Mas eu sabia que dentro de alguns dias isso iria mudar. Talvez tenha sido uma síndrome de David e Golias quando Israel retaliou. Agora estamos assistindo ao puro antissemitismo e ao ódio contra o povo judeu em todo o mundo".

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