30.01.24 | Mundo
Países suspendem ajuda à UNRWA após suspeita de envolvimento de funcionários nos ataques do Hamas
Canadá, Austrália, Itália, Finlândia e Reino Unido se juntaram aos Estados Unidos e anunciaram que vão suspender o repasse à UNRWA - braço da ONU para refugiados palestinos -, após a revelação de suposto envolvimento de funcionários da agência nos ataques do Hamas a Israel no dia 7 de outubro. Alemanha, França e a União Europeia também expressaram preocupação, mas ainda não confirmaram a suspensão da ajuda à UNRWA, segundo noticiou a imprensa.
Na sexta-feira (26), a agência anunciou que demitiu funcionários e abriu investigação criminal para apurar o envolvimento de um grupo nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Na ação, 1.200 israelenses morreram. Mais de uma centena ainda são reféns.
As denúncias constam de um dossiê entregue por Israel ao governo dos Estados Unidos que detalha o envolvimento de pelo menos 12 funcionários da UNRWA nos ataques do 7 de outubro. Desses, 11 seriam membros do Hamas ou do Jihad Islâmico, enquanto um não teria vínculos com nenhum dos grupos, mas teria participado da incursão de 7 de outubro que deixou 1.200 mortos em Israel e disparou a atual guerra em Gaza. Ainda segundo o documento, 2 dos 12 funcionários estariam mortos.
Nesta terça (30), o Hamas confirmou que um dos três mortos por forças israelenses durante operação no hospital Ibn Sina, na cidade Jenin, era um membro do grupo que atuava na Cisjordânia. A Jihad Islâmica afirmou que os outros dois eram seus integrantes e que um deles recebia tratamento médico no hospital. A polícia de fronteira de Israel havia anunciado que três palestinos foram mortos em uma operação realizada por integrantes dessa unidade sob disfarce.
A UN Watch, ONG que monitora as Nações Unidas, já fez diversos relatórios apontando a ingerência do Hamas na UNRWA, os quais foram corroborados por depoimentos de civis da Faixa de Gaza, que afirmam que o grupo terrorista se utiliza desta influência para roubar a ajuda humanitária enviada aos palestinos.