06.02.24 | Mundo

ONU indica ex-ministra francesa para liderar investigação sobre envolvimento da UNRWA com o Hamas

A ONU anunciou nesta segunda-feira (5) que um grupo independente de auditoria liderado pela ex-ministra das Relações Exteriores da França Catherine Colonna vai conduzir as investigações sobre suposto envolvimento da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) com o Hamas, segundo noticiou o G1.

Catherine vai trabalhar com três organizações diferentes: o Instituto Raoul Wallenberg, da Suécia, o Instituto Chr. Michelsen, da Noruega, e o Instituto Dinamarquês de Direitos Humanos.

Segundo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, a comissão irá avaliar a capacidade da UNRWA de garantir a neutralidade e de responder às acusações de violações decorridas da suposta participação de seus funcionários nos ataques de 7 de outubro. Segundo Guterres, um relatório preliminar da equipe de auditoria será apresentando até o final de março, com entrega de um relatório definitivo até o final de abril, que será público.

A UNRWA foi criada em 1949 após a primeira guerra árabe-israelense com a missão de oferecer serviços que incluem educação, cuidados básicos de saúde e ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e Líbano.

De acordo com a agência, metade de seu orçamento é investido em educação. A agência mantém mais de 700 escolas, o que faz dela a única organização da ONU a operar um sistema escolar completo, de acordo com um comunicado à imprensa de maio de 2023.

Porém, o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, afirmou que a UNRWA é uma fachada para o Hamas. "A agência foi comprometida de três maneiras: contratando terroristas em massa, deixando suas instalações serem usadas para atividades militares do Hamas e se apoiando no Hamas para a distribuição da ajuda na Faixa de Gaza", afirmou.

Dez dos principais países financiadores da agência suspenderam temporariamente suas doações à UNRWA: Alemanha, EUA, Austrália, Japão, Itália, Holanda, Canadá, Finlândia, Suíça e Reino Unido. Mas Espanha e Portugal confirmaram que vão manter a ajuda financeira à agência. Espanha afirmou nesta segunda-feira (5) que enviará à UNRWA mais 3,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 18,8 milhões), segundo noticiou a imprensa.


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