Matéria de Asaf Elia-Shalev, no The Jewish Telegraphic Agency (JTA), cita pesquisa de Jacob Rosen-Koenigsbuch sobre os judeus sefaraditas que viviam em países árabes antes do êxodo Mizrahi, em meados do século 20, por volta do estabelecimento de Israel.

“Eu me conecto com muitas pessoas que veem meu trabalho através das redes sociais e isso é muito bom, embora ver um cara chamado Rosen-Koenigsbuch fazendo perguntas sobre o Egito ou Beirute, possa parecer um tanto suspeito”, brinca ele.

A resposta à questão tem a ver com a sua carreira como diplomata de Israel, incluindo alguns anos como embaixador na Jordânia, e que, depois de investigar as suas próprias raízes polonesas, descobriu que grande parte da sua família morreu no Holocausto. Isso porque os arquivos na Europa estão abertos. Já os judeus com raízes no Oriente Médio têm como recurso de pesquisa apenas fragmentos de material escrito disponíveis, como livros de circuncisão e jornais comunitários.

Nas suas pesquisas, ele descobriu que pelo menos 20% dos judeus do Cairo e de Alexandria eram Ashkenazim. “Foi uma grande descoberta”, diz ele, quando obteve o documento “Relatório Anual da Comunidade Ashkenazi do Cairo 1938”. “Lá tem centenas de nomes!”, afirma ele.

Outro exemplo curioso é a história dos judeus de Bagdá, cuja comunidade era enorme, chegando a representar um terço da metrópole, com raízes que remontam à antiguidade. Embora essa narrativa não esteja totalmente errada, acredita-se que as sucessivas pragas do século XVIII exterminaram grande parte da população da cidade e das famílias judias de Bagdá

Saiba mais sobre o banco de dados de famílias judias que viviam no Cairo, Bagdá, Damasco, Aleppo, Beirute e Alexandria, acessando: https://www.jta.org/2024/01/29/global/search-this-new-list-of-jewish-family-names-from-cairo-alexandria-baghdad-damascus-aleppo-and-beirut?utm_source=JTA_Maropost&utm_campaign=JTA_Sunday_Features&utm_medium=email&mpweb=1161-67996-161319