O presidente francês, Emmanuel Macron, prestou homenagem nesta quarta-feira (7) às vítimas do ataque de 7 de outubro em Israel, 'o maior massacre antissemita de nosso século', disse ele, em cerimônia no Palácio do Eliseu, segundo noticiou a agência France Presse.

Em cerimônia inédita, a exatos 4 meses do ataque terrorista em Israel, Macron homenageou as 42 vítimas francesas do Hamas, afirmando que a França luta diariamente pela libertação dos três cidadãos do país mantidos reféns em Gaza, e fez um apelo contra o que chamou de antissemitismo desenfreado no país.

A homenagem contou com a presença de várias figuras da política francesa, incluindo o ex-presidente François Hollande, além de representantes de diversas religiões e de líderes da extrema esquerda, que haviam adotado uma posição ambígua com relação aos ataques de 7 de outubro.

A cerimónia também contou com a exibição de cartazes, com fotos das vítimas francesas, carregados pela Guarda Republicana.

O presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas na França, Yonathan Arfi, cumprimentou o governo pela iniciativa que, segundo ele, "visa inserir na consciência coletiva os nomes, os rostos e o destino das 42 vítimas francesas".

No final da cerimônia, o presidente francês se reuniu com parentes de vítimas do ataque. Muitas delas viajaram de Israel em um voo especial. Ayala Yahalomi Luzon, que não tem notícias de seu irmão Ohad, de 49 anos, há "123 dias", pediu "ações concretas para trazer (os reféns) para casa".

A França tem a maior comunidade judaica da Europa, com cerca de 500.000 pessoas e quase 100.000 cidadãos franceses vivem em Israel, muitos com dupla cidadania.