05.03.24 | Mundo
ONU reconhece evidências de violência sexual do Hamas nos ataques de outubro e contra reféns israelenses
Em relatório divulgado na segunda-feira (4), a ONU reconheceu evidências de violência sexual do Hamas nos ataques de 7 de outubro e contra reféns israelenses.
Uma equipe de especialistas das Nações Unidas esteve em Israel para investigar denúncias feitas por sobreviventes e obteve relatos de estupros coletivos, tortura, mutilação genital e tratamento degradante. Segundo a ONU, reféns levadas pelo Hamas também sofreram violações, que podem ainda estar acontecendo no cativeiro. “Existem ‘motivos razoáveis’ para acreditar que a violência sexual continua”, disse Pramila Patten, enviada especial da ONU para investigar violência sexual praticada em conflitos, de acordo com matéria na CNN.
A enviada especial destacou que a missão “não foi planejada para ser de natureza investigativa”, acrescentando que a equipe teve 33 reuniões com instituições israelenses enquanto estava em Israel, entrevistou 34 pessoas, incluindo sobreviventes e testemunhas do ataque de 7 de outubro, e reféns libertados. Também foram revistas 50 horas de vídeos dos ataques, segundo a CNN.
Pouco antes da divulgação do relatório, o embaixador de Israel na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, cobrou um posicionamento da organização: "A ONU diz que se preocupa com as mulheres e, neste momento, mulheres israelenses estão sendo violadas e sofrendo abusos pelos terroristas do Hamas. Onde está a voz da ONU?", perguntou Gilad Erdan.