07.05.24 | Mundo
Pesquisador aponta evidências para encobrir 'misterioso' submarino nazista na Argentina
Matéria no jornal argentino La Nacion, publicada no sábado (4) em O Globo, comenta a recente expedição para investigar a presença de um submarino nazista afundado a quase 30 metros de profundidade em frente às praias da vizinha localidade de Quequén e a descoberta de “evidências” de que sucatas de metal pesadas foram lançadas de forma deliberada para encobrir a nave após o desembarque "secreto" de seus ocupantes na Argentina. Esta é a hipótese defendida pelo jornalista e historiador Abel Basti, referência do grupo Eslabón Perdido, que descobriu os restos do submarino a cerca de quatro quilômetros da costa do país.
Em mais de uma expedição ao local dos destroços do submarino, Basti afirma ter encontrado toneladas de sucatas de metal, como vigas e pedaços de estruturas. O lixo teria sido jogado em mar aberto, na direção da nave, com o objetivo "evidente" de esconder ou dificultar o acesso ao "misterioso" submarino.
Ele defende a tese argumentando que não faria o menor sentido gastar dinheiro para transportar sucata por quilômetros mar adentro, além do que lançar lixo no mar é algo ilegal. “Mas, aparentemente, foi o que foi feito. E justamente sobre o naufrágio. Isso certamente não foi uma coincidência”, diz Basti, para quem os detritos dificultam a identificação do submarino.
Segundo Basti, as sucatas não estavam no local quando houve uma expedição até lá em junho de 2022. Além disso, as estruturas não estão cobertas de algas e incrustações marinhas, como seria natural em objetos que estivessem debaixo d'água por um período prolongado.
“Foi um ato proposital, com certeza. Não sei dizer quem o fez, nem posso fazer especulações. Espero que esse caso seja investigado”.
Para tentar contornar as dificuldades de identificar o submarino em meio ao lixo, Basti aponta a importância das oito horas de filmagens no local. O grupo busca detalhes nas imagens que comprovem a origem do submarino.