Em discurso no Capitólio pelo Dia da Lembrança do Holocausto, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a retórica de ódio nos campi universitários do país e advertiu que, apenas sete meses após o ataque terrorista do Hamas a Israel, o mundo já está se esquecendo do que aconteceu, de acordo com agências internacionais em matéria publicada no jornal O Globo.

“Nos EUA, nós respeitamos e protegemos o direito fundamental à liberdade de expressão para protestar pacificamente e fazer as nossas vozes serem ouvidas, mas não há lugar para o antissemitismo ou para atos de violência de qualquer tipo. Violência e destruição não são protestos pacíficos, são contra a lei. E nós não somos um país sem lei. Nós somos uma sociedade civilizada”, destacou, referindo-se às manifestações pró-palestinos em universidades americanas.

Biden também advertiu que o país e o mundo correm o risco de esquecer as lições do Holocausto e lembrou a forma como os nazistas se moveram em direção ao massacre de judeus em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. “E o ódio contra judeus continua a habitar profundamente os corações de muitas pessoas no mundo", disse ele citando os assassinatos de 7 de outubro como exemplo desse antissemitismo contínuo. E enfatizou: “Meu compromisso com Israel é absoluto, mesmo quando discordamos”.

“Muitas pessoas negam, minimizam e racionalizam os horrores do Holocausto. Para mim, nunca mais é não esquecer. Aqui estamos nós, apenas sete meses depois, e as pessoas já estão se esquecendo do que o Hamas fez e continua fazendo mantendo reféns. Isso é absolutamente desprezível e precisa acabar”.