21.05.24 | Mundo
Netanyahu considera antissemita decisão do procurador do TPI
O procurador do TPI (Tribunal Penal Internacional), Karim Khan, anunciou nesta segunda-feira (20) que solicitou mandados de prisão para o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, o ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, e para três líderes do Hamas por crimes de guerra e contra a humanidade, relacionados aos ataques de 7 de outubro de 2023 e à guerra em Gaza. O tribunal ainda não decidiu se vai acatar ou não o pedido do promotor. A medida, no entanto, ignora a democracia israelense e equipara Israel aos terroristas que atacaram o país em 7 de outubro.
Netanyahu considerou absurda e antissemita a decisão do procurador: "Rejeito com repulsa a comparação feita pelo promotor em Haia entre Israel, um país democrático, e os assassinos em massa do Hamas”, disse ele em declarações divulgadas pela imprensa.
O pedido de Khan, entretanto, é simbólico, já que Israel não é signatário do estatuto do TPI nem reconhece sua jurisdição em Gaza. O pedido agora precisa ser aprovado pelos juízes do tribunal com sede em Haia, e não há um prazo definido para a apreciação. Caso os mandados sejam emitidos, o premiê e o ministro da Defesa poderiam ser presos se viajarem para um dos 124 países que aderiram à corte, como o Brasil e a maioria dos europeus, mas não os Estados Unidos, por exemplo.