Pesquisa do American Jewish Committee (AJC) revela que os judeus americanos estão ainda mais conectados a Israel e a sua identidade judaica, após ao ataques terroristas de 7 de outubro.

De acordo com a enquete, 85% dos judeus adultos americanos acreditam que é importante que os EUA mantenham o apoio a Israel, especialmente no atual momento do conflito em Gaza; 57% dos judeus americanos afirmam estarem mais conectados a Israel e à sua identidade judaica depois dos ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro. E, quando perguntados sobre o que fazem para estarem mais conectados a Israel e ao judaísmo, 17% disseram que passaram a frequentar as sinagogas com mais frequência.

“Apesar de o crescente antissemitismo fazer com que muitos judeus se sintam menos seguros, os judeus americanos estão orgulhosos de serem quem são e estão ainda mais ligados a Israel”, destacou o CEO da AJC, Ted Deutch.

Consequências da guerra

A pesquisa mostra ainda que 64% dos judeus americanos afirmam que os ataques terroristas do Hamas a Israel em 7 de outubro e os desdobramentos da guerra em Gaza afetaram de alguma forma as suas relações pessoais. Mais de metade (53%) disseram que evitam falar sobre a guerra Israel-Hamas com pessoas de fora de seu círculo de amizades e 45% afirmam que se sentem inseguros para manifestar suas opiniões sobre o conflito nas redes sociais. Pelo menos um, em cada dez (12%) diz que terminou uma amizade ou relacionamento por causa de opinião antissemita, após o 7 de outubro. E 27% disseram ter omitido em algum momento a sua identidade judaica ao conhecerem alguém desde o início da guerra.

O aumento do antissemitismo nos EUA, incluindo ameaças de bomba, ataques físicos e online e atos de vandalismo em locais judaicos, e o impacto da guerra Israel-Hamas foram sentidos profundamente pelos judeus americanos, com 93% dizendo que a intolerância aos judeus é hoje um problema nos EUA.

O resultado final aponta que seis em cada dez adultos judeus dos EUA (60%) disseram ter se sentido inseguros em pelo menos em uma das seguintes situações desde 7 de outubro: partilhar opiniões sobre Israel com amigos; passar algum tempo em uma sinagoga, centro comunitário judaico ou outra instituição ou edifício judaico; usar símbolos judaicos em público e compartilhar opiniões sobre Israel nas redes sociais.