Familiares de vítimas dos ataques terroristas de 7 de outubro a Israel entraram com processo, na segunda-feira (24), contra a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), acusando a organização de ter facilitado o massacre sem precedentes, segundo noticiou a Agência France Presse em matéria divulgada no site UOL.

No processo, os familiares das vítimas alegam que a UNRWA e diretores da agência "passaram mais de uma década ajudando o Hamas a organizar a infraestrutura terrorista e mobilizar as pessoas necessárias para realizar" o atentado de 7 de outubro. Eles afirmam que a UNRWA desviou recursos que recebia do exterior para ajudar o Hamas a pagar contrabandistas de armas, comprar explosivos e outros materiais terroristas”.

O processo foi movido em Nova York porque a UNRWA usa os serviços bancários da cidade, alegam os advogados dos demandantes, representados por dois escritórios de advocacia, um de Nova York e outro de Chicago.

"Praticamente todo o dinheiro que a UNRWA gastou para ajudar o Hamas a montar sua infraestrutura terrorista na Faixa de Gaza era procedente de uma conta em Nova York do banco JPMorgan Chase, que chegou a ela como resultado das viagens que os acusados fizeram a Nova York para solicitá-lo aos doadores", detalharam os advogados.

A UNRWA coordena praticamente toda a ajuda à Faixa de Gaza e, desde janeiro, enfrenta denúncias sobre o envolvimento de seus 13 mil funcionários nos ataques que deixaram mais de mil mortos em Israel.

A acusação levou vários países, entre eles os Estados Unidos, a suspender a ajuda à agência, embora alguns governos já tenham retomado o financiamento.