Mais de 100 vítimas e familiares de vítimas do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro entraram nesta segunda-feira (1) com processo nos EUA contra o Irã, Síria e Coreia do Norte por fornecerem apoio financeiro, militar e tático ao Hamas. O processo aberto em um tribunal federal em Washington D.C. pela Liga Anti-Difamação (ADL) é o maior contra países estrangeiros relacionado ao ataque e o primeiro com o apoio de uma organização judaica, disse a ADL, em comunicado à imprensa. Os familiares das vítimas pedem o pagamento de indenizações no valor de cerca de 4 bilhões de dólares.

"O Irã é o principal patrocinador de antissemitismo e terror — junto com a Síria e a Coreia do Norte. Esses países precisam ser responsabilizados por seus papéis no maior ataque antissemita desde o Holocausto", afirmou o CEO da ADL, Jonathan Greenblatt, em comunicado divulgado pela imprensa. 

O governo dos EUA designou o Irã, a Síria e a Coreia do Norte como patrocinadores estatais de terrorismo. 

As missões do Irã, da Coreia do Norte e da Síria na ONU, em Nova York, não se pronunciaram sobre o caso.

Segundo noticiou a CNN, em matéria de Joseph Axda, da Reuters, é comum que países acusados de terrorismo patrocinado pelo Estado ignorem processos nos EUA e não honrem sentenças proferidas contra eles em tribunais americanos. Se os réus forem considerados responsáveis, os autores da ação podem recorrer ao Fundo para Vítimas de Terrorismo Patrocinado pelos EUA, que o Congresso criou em 2015.