Os presidentes da Argentina, Paraguai e Uruguai, respectivamente Javier Milei, Santiago Peña, Luis Lacalle Pou, estarão presentes na sessão plenária que se realizará em Buenos Aires em homenagem às vítimas do ataque terrorista de 7 de outubro, em Israel, e dos atentados a bomba contra a sede da AMIA (1994) e à Embaixada de Israel na Argentina (1992).

Organizada pelo Congresso Judaico Latino-Americano (CJL), a sessão plenária contará com a liderança de Jack Terpins, presidente do CJL, e acontece na véspera do evento formal, que se realiza anualmente em frente ao prédio da AMIA, na mesma data e horário do atentado, em 18 de julho, às 9h53.  

O atentado à sede da AMIA em Buenos Aires, em julho de 1994, deixou 85 mortos e mais de 300 feridos e até hoje ninguém foi julgado pelo crime.

Em decisão histórica, em abril deste ano – 30 anos após o atentado –, a justiça da Argentina responsabilizou Irã pelos ataques à embaixada israelense e à AMIA. A Câmara Federal de Cassação Penal da Argentina, órgão de mais alta instância criminal do país, declarou em sentença histórica que os atentados à embaixada de Israel (1992) e à AMIA (1994) foram “resultado de decisões políticas e estratégicas do Irã, executados por terroristas do Hezbollah”. A decisão ainda classifica o país como “Estado terrorista” e os atendados como crimes contra a humanidade.