Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (11) no site Times of Israel, em matéria de Canaã Lidor, revela que 96% dos judeus de 13 países da União Europeia dizem ter sofrido antissemitismo em seu cotidiano ou pela internet nos últimos 12 meses.

A pesquisa, elaborada pela Agência dos Direitos Fundamentais (FRA, na sigla em inglês), um órgão da União Europeia com sede em Viena, foi baseada em um questionário online disponibilizado entre janeiro e junho de 2023 e respondido por quase 8.000 judeus de 16 anos ou mais.

O relatório mostrou que o antissemitismo aumentou no continente após o início da guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.

A pesquisa revelou que: cerca de 76% dos entrevistados omitem a sua identidade judaica “pelo menos ocasionalmente”; 34% admitem que evitam eventos ou locais judaicos “porque não se sentem seguros”; três quartos dos entrevistados afirmam ter sentido que as pessoas os responsabilizam pelas ações de Israel em Gaza e cerca de 60% disseram não estar satisfeitos com os esforços dos governos para combater o antissemitismo.

A comunidade judaica da Europa está enfrentando uma “onda crescente de antissemitismo”, com o conflito no Oriente Médio, disse a diretora da agência Sirpa Rautio. Ela acrescentou que o aumento do antissemitismo está colocando em risco o sucesso da primeira estratégia da UE para combater o problema, adotada em 2021.

A maioria dos entrevistados disse que se preocupa com sua própria segurança (53%) e com a de suas famílias (60%).

As manifestações mais comuns dizem respeito à banalização do Holocausto, à responsabilização da comunidade judaica por ações de Israel e à reprodução de estereótipos como os que acusam judeus de controlar a economia, os meios de comunicação e a política.