Em artigo na revista Newsweek, Aviva Klompas - ex-diretora de comunicação da Missão Israelense nas Nações Unidas e cofundadora da Boundless Israel – lembra o atentado contra a AMIA e outros crimes praticados pelo Hezbollah em várias partes do mundo e lamenta que até hoje o grupo continue a agir impunemente. Diz o artigo:

Isto apesar da riqueza de provas de que altos funcionários do governo iraniano ordenaram ao Hezbollah, o grupo terrorista xiita com sede no Líbano, que levasse a cabo o ataque. Estes são os mesmos atores que hoje desestabilizam o Médio Oriente e agitam a favor da guerra com Israel. É hora de isso mudar.

Não é segredo que o Irã financiou, treinou, armou e enviou grupos terroristas como o Hezbollah para realizar ataques em todo o mundo. Os Estados Unidos, o Reino Unido, a Alemanha e vários estados árabes reconhecem o Hezbollah, na sua totalidade, como uma organização terrorista. A União Europeia apenas designou a ala militar do grupo como organização terrorista, mas não a sua ala ‘política’.

No entanto, nomear um problema não é o mesmo que enfrentá-lo.

Apesar da sua violência assassina, o Hezbollah não enfrentou consequências reais: nem pelo atentado à AMIA, nem pelo atentado à Embaixada de Israel, na Argentina, e nem pelo assassinato de turistas israelenses e de um motorista na Bulgária em 2012 (as duas pessoas condenadas por esse crime vivem livres no Líbano sob a proteção do Hezbollah).

Os alvos terroristas não se limitaram a judeus e israelenses. O Hezbollah assumiu a responsabilidade pelos ataques de 1983 à embaixada dos EUA no Líbano, que ceifou 63 vidas. Informações sigilosas mostram que o Irã também esteve por trás dos atentados a quartéis militares ocidentais no Líbano no final daquele ano, matando 305 pessoas, a maioria norte-americanas, fuzileiros navais, marinheiros, soldados e militares franceses.

E assim como aconteceu no caso AMIA, ninguém foi levado à justiça por esses ataques.

Após décadas de impunidade, o Hezbollah aprendeu que pode sempre escapar impune de crimes cometidos em todo o mundo. E agora ameaça levar o Médio Oriente a uma guerra regional em grande escala.

É preciso parar esse grupo!

Aviva Klompas é ex-diretora de comunicação da Missão Israelense nas Nações Unidas e cofundadora da Boundless Israel, uma organização sem fins lucrativos que faz parceria com líderes comunitários nos EUA. para apoiar a educação de Israel e combater o ódio aos judeus.