24.07.24 | Mundo
Governo alemão fecha centro islâmico suspeito de ligação com o Hezbollah
O governo alemão decidiu fechar o Centro Islâmico de Hamburgo (IZH, na sigla alemã) sob a acusação de agir como “extensão” do regime iraniano através do grupo libanês Hezbollah, segundo noticiou a CNN.
A decisão foi anunciada pelo Ministério do Interior alemão, que, em nota, afirmou que O Centro Islâmico atuava como "organização extremista islamista, perseguindo objetivos anticonstitucionais". O Centro Islâmico foi acusado de ser um "posto avançado" do regime teocrático iraniano, detendo influência considerável sobre outras mesquitas e associações e disseminando ideias da Revolução Islâmica "de maneira agressiva e militante".
O governo iraniano reagiu à decisão, convocando o embaixador alemão em Teerã, segundo informou a emissora de TV ARD.
O Centro Islâmico de Hamburgo foi fundado em 1962, como representante do Irã no país, junto com a embaixada iraniana. Em novembro de 2022, o Centro se retirou do Schura, o Conselho das Congregações Islâmicas de Hamburgo, depois que outras entidades islâmicas se distanciaram dele.
Segundo a ministra do Interior Nancy Faeser, ações realizadas em novembro de 2023 contra o IZH e cinco outras suborganizações teriam "confirmado sérias suspeitas, que foram determinantes para a proibição".
Entre outros pontos, o órgão federal alemão teria estabelecido conexões do IZH com o Hezbollah. Em 2020, o governo alemão classificou o Hezbollah como organização terrorista, proibindo todas as suas atividades no país.