03.10.25 | Mundo
Ataque terrorista à sinagoga deixa mortos em Manchester
As autoridades de Manchester, no Reino Unido, classificaram de terrorista o ataque nesta quinta (2) a uma sinagoga, que deixou dois mortos e quatro feridos, alguns em estado grave. O atentado ocorreu no feriado judaico de Yom Kippur, quando sinagogas costumam receber grande número de pessoas em jejum e oração. Os muito fiéis reunidos na sinagoga no momento do ataque foram inicialmente confinados dentro do prédio e retirados quando a ameaça cessou, segundo nota da polícia.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, abandonou uma reunião de cúpula com líderes europeus na Dinamarca e retornou ao Reino Unido para presidir uma reunião do comitê de emergência. Ele se declarou "consternado" com o caso de violência antissemita. À noite, ele e a esposa, Victoria, que é judia, visitaram uma sinagoga em Londres. "O fato de isso ter ocorrido no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, torna tudo ainda mais horrível", disse o premier em um comunicado. "Meus pensamentos estão com os entes queridos de todos os afetados e meus agradecimentos aos serviços de emergência e a todos os socorristas”.
Starmer determinou um reforço da segurança nas sinagogas e convocou uma reunião de emergência do governo. Depois, em um pronunciamento, disse que o ódio antissemita, contra os judeus, é uma ameaça diária. “É um ódio que está voltando a crescer e que o Reino Unido vai derrotar mais uma vez”, afirmou.
O rei Charles III disse que ele e a rainha Camilla ficaram "profundamente chocados e tristes" ao saber do ataque em Manchester, e também ressaltou o fato de a agressão ter sido realizada em um momento de celebração religiosa.