08.10.25 | Mundo

“O dia em que o mundo mudou para sempre”

Em artigo no site UOL, o presidente da Fisesp, Marcos Knobel, e a diretora voluntária da instituição Elisa Nigri Griner abordam o dia do maior massacre contra judeus desde o Holocausto, o 7 de outubro de 2023. Leia a seguir a íntegra do texto:

Dois anos. Dois anos desde o dia em que o mundo parou diante do terror.

Dois anos do maior massacre contra judeus desde o Holocausto.

No dia 7 de outubro de 2023, milhares de jovens se confraternizavam em um festival, perto da fronteira com a Faixa de Gaza. Era um nascer do sol de alegria, de liberdade, de música. Até que o inimaginável aconteceu.

Milhares de terroristas do Hamas, fortemente armados, invadiram o território israelense, e o que se seguiu foi uma das páginas mais sombrias da história recente. Inúmeras pessoas brutalmente assassinadas, 250 sequestradas — entre elas, civis homens, mulheres, crianças e idosos.

Os relatos que emergiram daquele dia são de uma crueldade que desafia a compreensão humana. Estupros em massa, crianças e bebês queimados vivos , assassinatos a sangue frio, corpos mutilados. Era o mal em sua forma mais pura.

E dois anos depois, 730 dias, 48 reféns seguem em cativeiro, submetidos a fome, tortura diária, vivendo um verdadeiro inferno. Eles se tornaram símbolos de resistência e da urgência moral que o mundo silenciou, mas não pode ignorar. Quando o mundo se cala diante do terror, ele o legitima.

Desde aquele 7 de outubro, nossas vidas mudaram.

O povo judeu voltou a sentir na pele o peso de ter que provar o próprio direito de existir. Em vez de empatia e solidariedade, enfrentamos olhares de desconfiança, campanhas de desinformação e uma onda crescente de antissemitismo, disfarçada de antissionismo.

Precisamos, todos os dias, explicar o óbvio. Defender Israel não é ser contra ninguém e sim ser a favor da vida.

Que lutar pela volta dos reféns é lutar por humanidade.

Que desejar o fim do Hamas não é rejeitar o povo palestino, mas acreditar que nenhuma paz é possível enquanto um grupo terrorista governar pelo medo, pela opressão e pelo ódio.

O Hamas não representa a causa palestina. Representa o fanatismo.

É um grupo que oprime mulheres, silencia vozes dissidentes e persegue minorias. É contra o feminismo, contra a liberdade, contra tudo o que torna a vida humana digna e plural.

Desde o dia 7 de outubro carregamos no meu pescoço um cordão confeccionado pelo Fórum das Famílias dos Reféns. Nele está escrito: "Um pedaço do meu coração segue em Gaza".

Esse cordão é um símbolo de luto, mas também de esperança. Usamos enquanto esperamos o dia em que todos os reféns estarão de volta em suas casas.

Dois anos depois, seguimos de pé.

Feridos, mas resilientes.

Machucados, mas determinados.

Seguimos porque acreditamos que a vida, mesmo após esse terror, é sagrada.

E porque o nosso povo sempre acreditou, e continuará acreditando, que a luz é mais forte que a escuridão.

Am Israel Chai — o povo de Israel vive!


Receba nossas notícias

Por favor, preencha este campo.
Por favor, preencha este campo.
Por favor, preencha este campo.
Invalid Input

O conteúdo dos textos aqui publicados não necessariamente refletem a opinião da CONIB. 

Desenvolvido por CAMEJO Estratégias em Comunicação