21.10.25 | Mundo

“Paradoxos”

Em artigo no jornal Zero Hora desta terça (21), o empresário e líder comunitário Henry S. Chmelnitsky comemora a volta dos reféns a Israel e lembra que “para o povo judeu o bem maior é a vida, e é por ela que lutamos ao longo de 5.786 anos”. Leia a seguir a íntegra do texto:

A volta dos reféns após 750 dias de cativeiro comoveu judeus e não judeus. Lágrimas vieram e a esperança retornou.

Como viver dois anos com esperança de reencontrar um familiar ou amigo. Cada acordar era um sopro de esperança que não se realizava. Como manter esta chama da esperança viva? Como não esmorecer, se encolher e dar tudo por perdido?

Para o povo judeu o bem maior é a vida, e é por ela que lutamos ao longo de 5.786 anos. Acreditamos na vida e em nossos valores. Por estes valores, não ouso comparar a alegria de um povo que sai para comemorar o final da guerra e outro grupo, terrorista, que sai às ruas para assassinar seus antagonistas, cidadãos de Gaza e muçulmanos.

Cidadãos inocentes em ambos os lados pagaram com suas vidas

Quando falo em paradoxo, trago a reflexão da obrigatoriedade de surgir um Estado palestino que reconheça integralmente Israel e que busque na educação a reconstrução da convivência entre os dois Estados. Que retirem imediatamente dos seus currículos escolares tudo que se refere ao ódio ao israelense e à não existência do Estado de Israel. O valor à vida, à educação, ao trabalho e à construção de sociedades justas que se ajudem na luta diária para reconstruir a dor no lado israelense e no lado palestino.

Este momento decreta o fim do terrorismo e fecha as portas para que Irã e Catar parem de financiar e incentivar grupos como Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica e outros. Injusto e preconceituoso rotular todo o povo palestino como terrorista.

Não vamos esquecer o 7 de outubro de 2023. Não podemos e não devemos! Devemos, sim, tê-lo presente em nossa memória. Em menos de 12 horas, mais de 1,2 mil jovens judeus e não judeus foram brutalmente assassinados. Cidadãos inocentes em ambos os lados pagaram com suas vidas, suas casas e até com o seu dia de amanhã.

Que a alegria que vivenciamos na semana que passou se alastre para um movimento de paz com o povo palestino, Líbano, Síria e Arábia Saudita. Todos têm a ganhar. O ódio nos corrói por dentro, nos torna pessoas amargas e apequena nossa resiliência. A alegria, o amor, o choro da empatia nos tornam pessoas de bem com a vida e levam nossa resiliência e autoestima para as alturas. Há pouco tempo, não acreditava que meus netos conheceriam um novo Oriente Médio. Hoje acredito!


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