24.11.25 | Mundo
Programa traz a história de sobrevivente do Holocausto e iniciativa para identificar vítimas do nazismo
Matéria do Domingo Espetacular traz a história de Ichak Luftglas, sobrevivente do Holocausto, e a iniciativa do Memorial do Holocausto de Jerusalém de recorrer à Inteligência Artificial para ajudar na identificação de vítimas do nazismo.
Muitos registros desse período foram escritos à mão, em diferentes línguas e alfabetos e em papéis que não foram preservados. Mas, com a ajuda da Inteligência Artificial, o Memorial do Holocausto de Jerusalém pretende identificar cerca de 250 mil vítimas do nazismo. Para isso, o Memorial está digitalizando documentos, informações e testemunhos de sobreviventes. Com esses dados, a inteligência artificial trabalha com hipóteses, identifica nomes e sobrenomes comuns entre judeus da época e cruza as informações através de um banco de registros - de cartórios, fichas policiais, cemitérios e até cartas pessoais.
O Memorial já anunciou ter identificado 5 milhões de vítimas em 50 anos de trabalho da instituição. Ainda assim, é provável que cerca de um milhão de nomes continuem sem identificação.
Ichak Luftglas foi um dos sobreviventes do Holocausto. O livro "A Incomum História de um Homem Comum" conta a vida de Ichak, que também lutou na guerra da independência de Israel até se mudar para o Brasil, onde morreu em 2005. Seu filho e autor do livro, Márcio Luftglas, ao escrever a história do pai, tinha o objetivo de que seus filhos tivessem orgulho da história e curiosidade.
O brasileiro Avraham é historiador emérito do Memorial e acompanhou de perto o trabalho de pesquisa. Nos anos 70, o museu enviou a comunidades judaicas do mundo inteiro formulários que agora são páginas de testemunho. Uma força-tarefa internacional permitiu que Avraham e Márcio descobrissem parentes que também foram vítimas. Hoje, 80 anos depois do fim da Segunda Guerra, a busca pelos nomes continua e agora conta com o auxílio da inteligência artificial.