01.07.22 |
Brasileiros vão protestar em Tel Aviv contra permanência do País na lista de destinos proibidos por Israel
A publicitária, gerente de vendas, Deborah Urbach Malheiro, há sete anos trocou Niterói por Tel Aviv. Casou-se com um israelense e, em junho deste ano, teve uma bebê. Os pais de Deborah ainda não puderam conhecer a neta. É que desde maio, o Brasil integra a lista de países proibidos pelas autoridades israelenses por conta da pandemia do coronavírus. E desde então permanece nela. 'Neste tempo, países já entraram e saíram da lista. Só o Brasil permanece. Para mim, a razão disso é política e, no meu entender, é injusta', diz Deborah, nome à frente da manifestação de protesto 'Queremos Encontrar Nossas Famílias' marcada para o próximo dia 2 de outubro, na praça Habima, no centro de Tel Aviv. Deborah conta que acompanhou a insatisfação dos brasileiros em Israel com a questão e resolveu agir. 'Todos reclamavam. Então resolvi puxar um protesto. O cartaz de convocação eu fiz no power point mesmo, do jeito que consegui. Não sou designer', explicou. Debora também frisa que sua atitude não tem raízes ideológicas e ela não está ligada a nenhum grupo. Quando seu post viralizou, ela passou a ter contato e apoio de brasileiros que, insatisfeitos como ela, tentam reverter a situação. 'Eu não tenho aqui amigos brasileiros, não frequento a comunidade brasileira', diz ela. 'O Brasil é o único país que está na lista desde o início. Até o México já saiu. Meus país estão vacinados com as duas doses. Estão dispostos a fazer quarentena. Para mim, isto é uma captura dos meus direitos', diz a brasileira que, no momento em que falava com a Conib ao telefone, tratava de pedir autorização da polícia local para a manifestação ocorrer. Ela não sabe se o protesto terá ou não grande adesão. 'O que posso dizer é que tenho tido bastante respostas'. Com a proibição de viajar ao Brasil, aqueles que desobedecerem estarão sujeitos a uma multa de 5 mil shekels, cerca de R$ 8.350,00.